A Repsol, vai construir na cidade espanhola de Cartagena, a primeira fábrica de biocombustíveis avançados. Um investimento de 200 milhões de euros, que terá a capacidade de produzir 250.000 toneladas por ano de biocombustíveis avançados, biodiesel, biojet, bionafta e biopropano, para utilização em aviões, camiões ou carros, sem necessidade de alterar os motores existentes. Estes biocombustíveis serão produzidos a partir de resíduos e permitirão uma redução de 900.000 toneladas de CO2 por ano.
O novo complexo, entrará em funcionamento no primeiro semestre de 2023, e faz parte do processo de transformação que a Repsol implementou nos seus complexos industriais para descarbonizar os processos de fabrico de produtos essenciais com uma pegada de carbono baixa, zero ou mesmo negativa.
De acordo com Antonio Brufau, presidente da Repsol, “com este projeto, Cartagena consolida-se como um centro de distribuição de produtos essenciais para o presente e o futuro, e como um exemplo do compromisso da marca para a mobilidade sustentável”.
A Repsol tem vindo a incorporar biocombustíveis nos seus combustíveis automóveis há mais de duas décadas. A empresa dá agora mais um passo, tendo por base a economia circular, com a produção de biocombustíveis avançados a partir de diferentes tipos de resíduos da indústria agroalimentar e outros, como por exemplo óleos alimentares usados. Assim, a Repsol conseguirá dar uma segunda vida aos resíduos que de outra forma acabariam num aterro, transformando-os em produtos com elevado valor acrescentado.
Estes biocombustíveis avançados são uma solução sustentável para todos os segmentos de mobilidade, especialmente os que não têm alternativas atuais de descarbonização, tais como o transporte marítimo, de longa distância, ou aéreo. Estes biocombustíveis permitirão uma redução de emissões de CO2 entre 65% a 85%.
Este hub multi-energético, equipado com tecnologia de ponta, vai gerar cerca de 1.000 postos de trabalho em diferentes fases do projeto e o envolvimento de 240 empresas auxiliares, das quais 21% serão locais, 25% regionais, 42% nacionais e 12% internacionais.
Atualmente, o complexo de Cartagena é uma referência industrial e está entre as unidades mais eficientes na Europa.